domingo, 22 de março de 2009

LIVRO - RELICÁRIO POPULAR

LIVRO - SALVE 2 DE FEVEREIRO

LIVRO - PASSEIO NO PASSADO

POEMA - A PROCISSÃO

TEXTO - PRAÇA DA PURIFICAÇÃO

TEXTO - SANTO AMARO TE RECEBE

POSTAL HISTÓRICO - ANTIGO MERCADO MUNICIPAL

POSTAL HISTÓRICO - IGREJA DE NOSSA SENHORA DO AMPARO

POSTAL HISTÓRICO - IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO

POSTAL HISTÓRICO - IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

POSTAL HISTÓRICO - RECOLHIMENTO NOSSA SENHORA DOS HUMILDES

SOBRE A PROFESSORA ZILDA PAIM

Zilda Paim (Santo Amaro/BA, 03 de agosto de 1919) é educadora, historiadora, folclorista e pintora; uma das maiores especialistas brasileiras em maculelê; e ex-Presidente da Câmara de Vereadores de sua cidade natal.

Seu gosto por história iniciou-se quando encontrou, no baú do pai, um livro raro que havia pertencido ao Barão de Vila Viçosa. "Desde esse dia, fui tomando gosto por papel velho e fiquei maluca por isso”. Iniciou-se, também, sua curiosidade pela história de Santo Amaro da Purificação. "Sempre tive curiosidade sobre as coisas da minha terra. Passei a vida inteira ouvindo sobre a história de outros lugares e sentia ciúme disso. Então comecei a recolher informações sobre Santo Amaro somente por garbo meu". Passou a anotar e catalogar, nesse momento, acontecimentos cotidianos santamarenses.

Tornou-se professora, profissão que exerceu por mais de cinquenta anos. Já no início de sua carreira, convidava praticantes de maculelê e capoeira para apresentarem-se em suas salas de aula e ensinar a seus alunos, havendo sido 'avant-garde' nesse sentido. Por essas aulas de folclore foi criticada, tendo de cancelá-las. Apesar do conservadorismo que enfrentou, foi diretora acadêmica por dezoito anos.

Foi nesse cargo, para um desfile escolar, que realizou sua primeira pintura, um quadro com a Prefeitura e a Igreja Matriz de Santo Amaro. Tal gravura está em exposição em Nova Iorque. Desde então, pintou mais de duzentas telas. "Eu não entrei para a faculdade, eu não fiz curso de Belas Artes. Mas, um dia entendi que devia pintar".

Também não freqüentou a faculdade de história. Foi autodidata. Seu primeiro livro foi sobre o maculelê, dança da qual é especialista de renome internacional. “Relicário Popular” foi editado com seus próprios fundos. Seu segundo livro, “Isto é Santo Amaro”, trata da história do município desde que passou a ser habitado pelo homem-branco, em meados do século XVI. Narra, também, episódios como a Independência da Bahia e o envolvimento dos santamarenses na Guerra do Paraguai.

Um memorial na cidade foi batizado em sua homenagem, e tem um invejável acervo sobre a história de Santo Amaro com documentos dos séculos XIX e XX, com um acervo de mais de mil fotografias e uma coleção de relatórios da prefeitura desde o ano de 1893.

Foi a primeira mulher a ser vereadora na cidade de Santo Amaro da Purificação, reeleita por três vezes. Também foi presidente da Comarca entre 1980 e 1982.

Recebe visitas diárias de curiosos sobre a história santamarense, a quem transmite seu conhecimento. É, ainda, um dos personagens mais venerados da cidade, ao lado de dona Canô e seus filhos.

Atualmente, luta para ter seu acervo em um museu dedicado à história da cidade.